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Festa de Nossa Senhora do Carmo: Protetora do Forte de Coimbra

Nos dias 15 e 16 de julho, a comunidade de Forte de Coimbra, localizada num ponto isolado da fronteira oeste do Brasil, reviveu um momento de glória, celebrando a Festa de Nossa Senhora do Carmo, Protetora do Forte e padroeira daquela comunidade. Atendendo ao convite do Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, Dom João Bergamasco, bispo da Diocese de Corumbá, presidiu a Missa Festiva, concelebrada pelo Pe. Anderlan Fernandes, Capelão daquela brigada. Estiveram presentes na cerimônia o General Ronaldo Morais Brancalione, Comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, dezenas de militares do Exército Brasileiro com suas famílias, bem como representantes da Marinha do Brasil, da Força Aérea Brasileira e de diversos órgãos públicos, além do povo de Deus, que todos os anos vai ao Forte de Coimbra para honrar a Virgem Santíssima.

Durante a procissão, em ato realizado no pátio do antigo Forte, a imagem de Nossa Senhora do Carmo foi recebida com honras militares, fazendo memória a episódios vividos pela guarnição do Forte, especialmente nos anos de 1801, durante ataque espanhol, quando Portugal e Espanha disputavam o controle daquelas terras, hoje a nossa fronteira oeste, e 1864 já durante a Guerra da Tríplice Aliança.

Na primeira batalha, Nossa Senhora teria livrado a guarnição militar do Forte, que contava com 110 homens, cinco canoas e três canhões, de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando o exército espanhol com 600 homens, 12 canhões e 30 canoas, tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal. A segunda intervenção de Nossa Senhora ocorreu durante a Guerra do Paraguai. No dia 28 de dezembro de 1864, a tropa paraguaia com 3 mil e duzentos homens, 41 canhões, 11 navios e farta munição cercou o forte. Os brasileiros, com apenas 149 homens, resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem de Nossa Senhora do Carmo sobre a muralha do forte e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes.

Tais acontecimentos, revividos a cada ano durante a festa, permitem não apenas a manifestação da grande fé e amor filial por Nossa Senhora, mas também a preservação de um patrimônio histórico e cultural de inestimável valor, reunido naquela porção isolada do imenso Brasil.

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