Serviço de Assistência Religiosa do Exército comemora o seu dia e do seu Patrono Frei Orlando
O Exército Brasileiro comemora, no dia 13 de fevereiro, o Dia do Serviço de Assistência Religiosa (SAREx) e, com respeito e admiração profundos, homenageia a pessoa do Capitão Capelão Antônio Álvares da Silva, Frei Orlando, seu patrono. Oficialmente, a assistência religiosa às Forças Armadas foi criada, no Império, pelo Decreto Nº 747, de 24 de dezembro de 1850. Páginas gloriosas foram escritas pelos capelães durante a Guerra do Paraguai e sabe-se o apreço, a estima, o carinho e a atenção que lhes dedicava o Duque de Caxias. Com o advento da República, o Corpo Eclesiástico do Exército, criado por D. Pedro II, foi extinto. Seu restabelecimento ocorreu por ocasião da Segunda Guerra Mundial, com o Decreto Lei Nº 5.573, de 26 maio de 1944.
Considerou-se justo que nossos combatentes, em plagas italianas, fossem fortalecidos espiritual e moralmente pelos capelães militares. Foram assim integrados à FEB, em seus diversos escalões, trinta padres católicos e dois pastores protestantes. O Frei Orlando, um dos Padres católicos, nasceu aos 13 de fevereiro de 1913, na localidade Morada Nova, Município de Abaeté – MG e foi ordenado sacerdote em 24 de outubro de 1937, por D. Antônio dos Santos Cabral. O Cap Cpl Antônio Álvares da Silva (Frei Orlando) foi, na verdade, uma luz a iluminar os combatentes nos campos de batalha italianos: tombou no teatro de operações, aos 20 de fevereiro de 1945, em decorrência de disparo acidental da arma de um “partigiano” na rodovia de Bombiana. Tinha apenas 32 anos. Sua atuação durante o conflito valeu-lhe duas condecorações: a Medalha de Campanha e a Medalha de Guerra (Post-mortem).
Pelos seus tantos e inegáveis méritos e pelo sacrifício de seu óbito prematuro, Frei Orlando se coloca como exemplo e paradigma para os capelães da Força Terrestre: por isso, com justiça, foi instituído Patrono do SAREx pelo Decreto Nº 20.680, de 28 de fevereiro de 1946.
Sete meses e pouco foi o período em que esse denodado guia espiritual esteve ao Serviço da Pátria, prazo suficiente para a sincera revelação que fez, com sua vida, de entranhado amor à causa democrática, pela qual se batiam, no campo da honra, os homens livres e plenos de segurança de um mundo melhor. Foi um autêntico soldado e um dedicado sacerdote.
No cumprimento de sua missão apostólica, não media sacrifícios: imbuído de fé inquebrantável e de destemida coragem, tornou-se admirado e respeitado pelos nossos combatentes, entre outros motivos, pelo seu reconhecido espírito ecumênico de respeito profundo pelas opções religiosas, diferentes da sua, como bem o atesta o Ten Gentil Palhares, que com ele conviveu, em seu livro “Frei Orlando. O capelão que não voltou”. Foi um autêntico pastor de almas.
Espelhando-se na figura de seu patrono, os integrantes do SAREx, padres e pastores, têm o exemplo lídimo a ser imitado e a trajetória nítida e firme a ser seguida na sua dupla missão de soldados e guias espirituais entre os componentes da família militar da Força Terrestre.
Por SAREx
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