Francisco: O Papa da Alegria, da Esperança e da Ternura
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
A Festa da Cátedra de Pedro, uma das primeiras encontrada nos calendários anteriores ao século IV com o título de Natale Petri de Cathedral, o dia da Instituição ou começo do Pontificado de Pedro como Bispo de Roma. Temos uma cadeira de madeira coberta de bronze e ouro, conservada no grande monumento chamado a glória de Bernini.
A cátedra era sede onde se assentava Pedro para numa conversa fraterna guiar e pastorear as comunidades eclesiais da urbe de Roma. Os orientais chamam ainda de pope aos padres, nome afetuoso que evoca paternidade espiritual, como certamente o Pater Patrum o Pai dos Padres e da família católica faz lembrar. Ofício de amor ou do amor ou como dizia santo Inácio de Antioquia, a Igreja que tem a primazia ou o primado do amor.
Tudo isso encontramos no Papa Francisco, que na sua espontaneidade e simplicidade nos dá um testemunho de alegria, esperança e firme ternura. Nos comunicou na Evangelium Gaudium sua encíclica programática, a alegria de evangelizar, de entregar-se por inteiro na missão de fazer acontecer o Evangelho no mundo e na vida das pessoas, da alegria de ser povo e viver intensamente o encontro com os pobres. Alegria transbordante que gera esperança, e consegue como afirma Paulo Freire esperançar todas as situações fechadas de opressão e miséria, despertando para a solidariedade, soerguendo e restaurando vidas e comunidades, fazendo-as acreditar no poder do perdão e da reconciliação construindo um novo modelo civilizatório a partir da amizade social e da fraternidade com todos os povos, culturas e criaturas. Mas nunca esquecendo da ternura, do abraço e conforto aos pequenos, incluindo e abrindo janelas e portas para todos(as), acolhendo no diálogo as pessoas frágeis, quebrantadas e vítimas da rejeição e do preconceito.
Nestas horas em que vemos o nosso querido Pai sofrer o declínio das forças e da própria saúde, manifestamos além da nossa obediência incondicional, nossa admiração, gratidão e imensa estima de estarmos sob o seu pastoreio, amor e bondade. Dizemos uma vez mais: “O Senhor o conserve e o vivifique e o faça feliz na terra, e não permita que caia nas mãos dos seus inimigos”! Deus salve o Papa!
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